Lucien Risso Correia - Pedreiro de Software

Faz uns 10 anos que me meti nisso quando decidi entrar num técnico de informática por conta do sonho de criar jogos, hoje o meu sonho é me aposentar.

Saindo do técnico onde aprendi a explodir fontes e desligar o pc dos amiguinhos remotamente, já engatei a famosa facul e fui procurar um trampo usando um projeto que fiz com Laravel que basicamente era uma versão web do projeto do TCC do técnico que foi feito em Java. Rapidinho consegui uma vaga numa fábrica de software que só tinha dois devs, sendo três contando comigo quando entrei.

#Envangelizando o Laravel que recém comecei a aprender

Os projetos nessa empresa no máximo utilizavam libs JS e CSS para o front-end, mas, em geral, era tudo puro, um arquivo imenso com PHP, SQL, HTML, CSS e JS, tudo junto e misturado. Era bem trabalhoso entender e mexer em projeto assim, no meu primeiro site já resolvi fazer com Laravel, usando o pouco que já sabia fazendo o projetinho que usei para aprender as principais coisas. Funcionou bem, mesmo ainda não sabendo de todos os recursos do framework que foram sendo utilizados em projetos futuros. Como eram vários projetos um atrás do outro sempre criava do zero e já usava o que aprendia para agilizar ainda mais, em pouco tempo os demais aprenderam e tudo saiu de código misturado para algo mais organizado e mais ágil para desenvolver com o Laravel.

#Projetos legados até em linguagens que ninguém nunca ouviu falar

Nem tudo são flores, e como é uma fábrica de software peguei alguns projetos em outros frameworks como o Symfony e até linguagens que eu nunca ouvi falar, uma que rodava em cima do JVM e que parecia um Java versão beta do beta. Isso no final não foi problema nenhum, mas era algo que eu não curtia em fábrica de software que era projeto novo toda hora. Hoje eu amo ficar em um projeto só sem essa doideira de mudar tudo toda hora.

#Entrando no mobile com o Ionic

Num tempo existia um dev que fazia os projetos de aplicativos, mas um dia ele resolveu trocar de trampo e em um mês tive que aprender ionic para continuar os projetos de aplicativos e foi aí que tudo começou...

#Do Ionic para o Flutter, um respiro

Um tempinho depois, e alguns projetos em ionic a empresa se restruturou e virou uma startup que ia ficar com 10 vezes mais devs que era antes (entre 3 a 5 devs). Nessa fase fiquei como líder do time de mobile, porém, o projeto precisava de algo mais confiável que o ionic, foi aí que entrou o Flutter. Estudando e testando Flutter e React Native para saber qual iria substituir o Ionic, o Flutter se saiu melhor e foi adotado. O projeto estava bem no início e pode ser reescrito rapidinho em Flutter. Passado um tempo, nesse mesmo projeto, aprimorando no Flutter e resolvendo problemas como offline-first, micro-aplicativos e otimizações de tudo no aplicativo, sai dessa para o tão sonhado home office.

#Hmmm, home office

Aproveitando a pandemia consegui o tão sonhado home office, e sim, isso era de bem antes da pandemia que eu queria isso. E logo na primeira em home office trabalhei com os gringos do chile, argentina e companhia ainda como dev Flutter. Um tempinho depois mudei para um trabalho que me exigiu coisas novas, como planejar toda uma migração de nativo para Flutter e evangelizar para todas as squads, que não faziam a parte mobile e iriam começar a mexer no aplicativo também. O projeto foi um sucesso e depois de quase dois anos dele sai com uma migração na beira dos 90%.

#Ilha da Magia e Presencial

Em 2023 resolvi mudar para Floripa, algo que já estava nos planos, aproveitei uma vaga que consegui para dar uma ajuda nessa mudança. O presencial até que ajudou a criar amizades novas na região, mas, em contrapartida, não consegui me adaptar a ligar o PC em outro lugar. E morando na capital descobri que não é tudo as mil maravilhas e o problema de locomoção lá te desgasta demais e te come a coisa mais preciosa que se tem: o tempo. Além do custo de vida alto que me fez ter que usar a reserva de emergência e os salários da região não serem compatíveis com o custo de vida lá resolvi voltar para a casa de praia da família em uma cidade menor e voltar na busca do home office.

#Tentativa de empreender

Após a experiência ruim com a mudança de cidade e o presencial, resolvi tentar ir por conta própria, mas me decepcionei em outro ponto: insegurança jurídica no Brasil. A dificuldade de se fazer cumprir contratos e o fato de ser normal o desrespeito de contratos me fez voltar ao CLT. Se quiser entender melhor com um caso real, indico essa entrevista com um empresário do setor imobiliário que conta mais sobre a mania do brasileiro não respeitar contratos e a insegurança jurídica que leva muita gente a falência.

#A retomada do home office

Depois dessa decepção retomei as buscas por um CLT home office e encontrei um que até aumentou o salário, já que muitas propostas que tive eram salários menores que os anteriores. Agora dando uma estabilizada, a meta agora é melhorar o inglês para ir atrás de outro sonho: morar na Europa. Estou satisfeito com o meu trabalho atual, mesmo em consultoria estou dentro das maiores empresas do Brasil e do mundo, o que me falta agora é o speach english!!!

Me adiciona no LinkedIn, se quiser me indicar pra uma vaga de Spring Boot eu aceito, tô querendo mudar de ares e voltar pro backend!